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Composto de Ideias

 

 

Em 2011, Edson Beserra funda o Composto de Ideias, um ajuntamento de profissionais comprometidos em desenvolver ações artísticas, tendo como mote uma ideia do próprio coreógrafo. Uma ideia que se desdobra através do encontro com cada novo artista, gerando novas ideias, elucidando pensamentos. O coletivo sempre varia sua formação. A proposta de Edson não é a de formar uma companhia, mas de aproximar e cruzar as ideias dos artistas envolvidos no trabalho.

 

Em Vinil de Asfalto, Edson traz a cena coreografias estruturadas, focando sua exploração nas efemeridades no uso do espaço e do tempo. A improvisação passa a ser uma ferramenta para a descoberta de novas possibilidades de utilização destas coreografias. Também apoiado na qualidade dos trabalhos de seus intérpretes, o diretor e coreógrafo, mergulha no espaço da memória através de uma dramaturgia construída nos rastros deixados pelos ocupantes na nau Brasília.

 

Já em Um Corpo Acústico, primeiro trabalho de Edson Beserra, o coreógrafo foca no diálogo, através da improvisação coletiva dos 04 artistas, profissionais de diferentes vertentes da arte em cena, em tempo real. Busca um resultado autêntico através das efemeridades, do acaso, apoiado nas qualidades dos trabalhos dos intérpretes e nos seus comprometimentos com a proposta. Ali o urbano, o Homem e sua relação com a tecnologia prevalecem, com a cena conduzida pelo bailarino.

 

Percebe-se em sua pesquisa a utilização da improvisação como ferramenta de humanização da cena, aproximando-se do espectador através do estímulo físico de sua memória, seja o convidando a se retirar de seu assento para se juntar a cena, em Um Corpo Acústico, ou mobilizando o seu olhar através da espacialidade de linhas e curvas da cenas de Vinil de Asfalto. Em ambos os trabalhos a memória do espectador é estimulada através das imagens projetadas no cenário, um cenário dinâmico, mutável, hora pano de fundo, hora cena principal, hora luz, hora imagem.

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